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Sou tímido. Mas já fui bem mais. Daqueles de correr quando a turma chamava pra brincar de salada mista e beijar as meninas. De pedir pra diretora da escola mudar de turma por não suportar o amor platônico tornar-se cada vez mais distante porque as palavras não saíam, ficando vermelho ao ver a moça de longos cabelos negros se aproximar…tímido de dar uma coceira disgramada ao falar em público. Aí invento de ser jornalista. Loucura??? Não. Tentativa de superação. A primeira coisa na tentativa de fazer com que a timidez não viesse encangada no lombo, um peso neste mundo de 15 minutos de fama. O jornalismo ajudou a me tirar da bolha. Mas a Internet, ah… mostrou um mundo de textos e fotos e vídeos que mudaram meus relacionamentos.
Na Internet o tímido Marcos virava o “falante” Edson. Sempre gostei de escrever e, agora, tinha a oportunidade de conseguir um amor por meio da escrita, sem precisar chamar inicialmente para dançar ou dar uma encarada. Mundo perfeito, longe do rubor da pele e do olhar que teimava em se desviar do olhar da moça desejada – e não – cortejada.
A Internet era perfeita, mas meus três primeiros namoros foram tradicionais, com todas as ex-namoradas ajudando muito este tímido. Meu muito obrigado a todas as mulheres que tomam iniciativa. Mas agora eu estava no meu habitat, escrevendo e sendo o Edson, um “cara” que sorri fácil, que diz gostar de sair, sempre bem humorado e de tiradas rápidas e engraçadas. Não havia informações falsas no meu perfil. Aquele era eu. Mas virtualmente.
O primeiro contato com a Internet foi com o extinto MIRC. Tempos de conexão discada e pouca troca de fotos. Muito texto nas salas de bate-papo #joinfortaleza e por aí vai. Hoje está bem mais fácil. Existe a “profissionalização” dos sites de encontros, com dezenas de fotos, perfis de apresentação, idade, interesses, escolaridade, estado civil. Um maná de informações para os tímidos. Somos observadores natos. Cada detalhe no perfil devidamente lido, visto, analisado… pode ser o início de uma conversa de troca de afinidades e ajuda na confiança na hora de iniciar a conversa. Mesmo no mundo virtual, levar um fora é uma realidade constante.
Portanto, tímidos, os não tão tímidos, e os que possuem a natural dificuldade de começar uma paquera, vai aqui uma dica preciosa. A Internet, sendo utilizada como uma forma a mais de contato para o ganho da confiança, é uma ferramenta fundamental. O alerta vai para gostar tanto de ser aquele cara descolado virtualmente que acabe se esquecendo do encontro presencial, do toque, do sorrir junto, do beijo… e ficando mais tímido, isolado, recluso na prisão de telas e teclados. Defendo sempre que o mundo virtual deve ser encarado como uma porta para conhecer pessoas presencialmente que jamais conheceríamos no cotidiano, por rotinas diferentes ou moradias distantes.
Dicas para tímidos na Internet
Aproveite a popularização dos sites de relacionamento. Para citar alguns, baixe no PC ou acesse pelo celular o Badoo, Par Perfeito, BE2, POF . Eles aumentam a possibilidade de os encontros virtuais serem cada vez mais reais. Alguns incluem até a proximidade da pessoa de sua residência.
Perca o medo. Treino, treino, treino. Aquela moça bonita e descolada, com fotos de shortinho e perfil bombando pode te dar um fora. Ou não. Aprenda que dizer “olá, como vai?” ou “tudo bem? Achei lindas suas fotos” não dói.
Seja você mesmo. Você pode até criar um perfil falso e bombar por aí. Mas o ideal é que exercite quem você é. Favorece tanto no mundo real quanto virtual.
E você, a Internet te ajudou a superar algo?? Conte pra gente em desventurasnanet@gmail.com ou comente